O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) montou uma força-tarefa formada por cinco promotores de Justiça para acompanhar as investigações sobre os autores e as motivações dos disparos efetuados contra o promotor Paulo Stélio Guimarães, por volta das 13h30 de ontem.
A meta do MP-AM e da polícia é encontrar os envolvidos no ato contra o promotor, que levou três tiros de pistola calibre 380, quando chegava a casa, no Condomínio Itaporanga 2, bairro Ponta Negra, Zona Oeste .
Dois homens ainda não identificados, que utilizavam uma motocicleta também de modelo e placas, ainda, não identificadas, foram responsáveis pelos disparos. Um dos tiros atingiu a região da clavícula esquerda de Paulo Stélio.
O promotor foi levado ao Pronto-Socorro 28 de Agosto, Zona Centro-Sul de Manaus, onde deu entrada por volta das 14h30. Segundo a assessoria do MP-AM, Paulo Stélio passa bem e foi submetido a exames. Ele está sendo protegido por escolta policial, que também foi estendida à família dele.
O procurador-geral de Justiça, Fábio Monteiro, disse que o Ministério Público se sente cada vez mais determinado toda vez que for alvo de ataques, principalmente desta natureza, de um crime contra a vida. “É importante que se diga que o Ministério Público não se curvará. Se fosse para ter medo de combater o crime nós não seríamos promotores de Justiça!”, destacou Fábio Monteiro.
O procurador-geral de Justiça, em exercício, Pedro Bezerra, disse que a instituição está “atenta e empenhada para encontrar os autores deste ato covarde”. “Não adianta atingir um ou outro membro do Ministério Público, pois toda a instituição se mobilizará para acompanhar as investigações. Não vamos sossegar um só instante. Não haverá trégua”, declarou.
Para o subprocurador de Justiça para assuntos administrativos do MP-AM, Jefferson Neves, os disparos contra o promotor não foram motivados por assalto e representa um atentado à instituição. “É importante destacar que não foi um assalto, um crime comum, banal”, disse
O presidente da Associação do Ministério Público do Amazonas, Reinaldo Nery, afirmou que o crime é atentado ao Estado. “Percebo que houve um atentado a um membro do MP e ao Estado”, declarou.
Em entrevista ao site do MP-AM, ao explicar a principal função da sua promotoria, Paulo Stélio citou o combate aos loteamentos clandestinos. “Combatemos diuturnamente os loteamentos clandestinos e as demais ocupações irregulares na cidade. Não é raro ingressarmos com ações visando o ordenamento do solo. Já conseguimos reverter uma série de situações extremamente complicadas”, disse.
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